Tenossinovite de De Quervain
A Tenossinovite Estenosante de De Quervain recebe esse nome devido ao médico que a descreveu, em 1895. Trata-se de uma inflamação nos tendões que levantam o polegar na altura do punho, quando passam em um túnel, chamado de primeiro túnel extensor. Por conta disso, os movimentos da mão e do polegar podem causar dor intensa, principalmente para agarrar ou torcer com força. Movimentos repetitivos, alterações nos hormônios, variações anatômicas e inchaço são causas prováveis da doença. As mulheres também podem desenvolver a doença durante a gestação ou após o parto.
Sintomas
Os principais sintomas referidos pelos pacientes com Tenossinovite de De Quervain são inchaço e dor na base do polegar e do punho. Principalmente ao fazer desvios laterais do punho com o polegar flexionado na palma.
Diagnostico
O Diagnóstico é eminentemente clínico. Utilizam-se testes clínicos como palpação e o teste de Finkelstein. Nos casos duvidosos ou que se suspeite de sobreposição com outras doenças pode-se solicitar exames complementares como radiografias e ultrassonografia.
Tratamento
O tratamento inicial da Tenossinovite de De Quervain é realizado por meio de fisioterapia, infiltração com corticoides no primeiro compartimento extensor do punho e em alguns casos imobilização temporária com tala; além do uso de anti-inflamatórios orais.
Quando essa doença ocorre em mulheres durante a gestação ou amamentação, o tratamento não cirúrgico é altamente efetivo; e essa condição geralmente resolve-se após o termino da lactação. Nos demais pacientes, a literatura mostra uma taxa de sucesso de cerca de apenas 30% a 50% com o tratamento não cirúrgico.
Nos casos resistentes ao tratamento não cirúrgico, pode-se indicar a cirurgia, que consiste numa incisão transversa sobre o primeiro compartimento extensor do punho, abertura do retináculo e liberação dos tendões abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar.
O paciente é encorajado a realizar movimentos com o polegar conforme tolerância desde o primeiro dia de pós-operatório. Retiram-se os pontos com 2 semanas e, então, o paciente já pode realizar as atividades usuais, exceto as com carga – geralmente liberadas após 1 mês da cirurgia.
Na presença desses sintomas, procure a ajuda de um Cirurgião de Mão, para diagnóstico adequado e escolha do tratamento mais apropriado.